Com atuação desde o início do ano em prol da ampliação do direito de fazer Cultura, o Comitê de Cultura no Tocantins foi apresentado à comunidade, oficialmente, na Oficina Territorial para a elaboração do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que aconteceu nos dias 18/11, Reitoria da Unitins e 19/11, no prédio da reitoria do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), em Palmas.  

Na ocasião, foram apresentados os integrantes do comitê, suas coordenações, parceiros e executantes compostas pela realizadora Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac), Associação Gurupiense de Artesãos (AGA) e Instituto Social e Cultura Araguaia (Isca). Ainda na oportunidade, foram apresentados o Pontão de Cultura Tambores do Tocantins / Comunidade de Saúde, Desenvolvimento e Educação (Comsaúde) e os equipamentos culturais itinerantes Moveceu e Ceus da Cultura, via Secretaria Estadual da Cultura (Secult).

A programação contou com apresentações artísticas do Circo Os Kaco, Grupo de Dança Sombras do Hip Hop, grupo vocal Vozes de Ébano e Tambores do Tocantins. A plateia foi formada por artistas da cena, técnicos e produtores culturais, com a presença de representantes do Ministério da Cultura.

A Diretora de Articulação e Governança do Ministério da Cultura, Desiree Ramos Tozi, destacou a importância do Comitê de Cultura no Tocantins ter uma representatividade forte e, além de tudo, ser gerido por uma Federação de artistas. “O alcance territorial do estado, essa facilidade de o ao artesanato e aos artistas, é fundamental para garantir que as diversas vozes do estado sejam ouvidas e que as políticas culturais atendam às necessidades locais. Isso não apenas melhora a gestão das políticas culturais, mas também garante que haja uma participação social mais efetiva, promovendo uma colaboração contínua com o Estado, o Governo Federal e as Prefeituras”, apontou.

De acordo com o coordenador-geral do Comitê de Cultura no Tocantins e presidente da Federação Tocantinense de Artes Cênicas, Kaká Nogueira, participar dessa construção é um exercício de cidadania cultural, e o Comitê de Cultura no Tocantins, que foi apresentado oficialmente à sociedade tocantinense nesse evento, materializa a execução de uma política descentralizada, que alcança os rincões desse país, e dialoga com a diversidade da nossa cultura.  “Acreditamos que as políticas públicas precisam dialogar com a realidade dos artistas e das comunidades, e este espaço de escuta foi fundamental para isso”, disse, acrescentando ainda que a descentralização das ações de mobilização social, formação e comunicação popular e simplificada são importantes para garantir que as políticas culturais cheguem a todas as comunidades.

O coordenador do Escritório de Representação do MinC no Tocantins, Cícero Belém, expressou seu entusiasmo pelo encontro, comentando sobre a colaboração e articulação para o avanço da cultura no Tocantins e no Brasil, e ressaltando o papel das instituições parceiras na construção do plano cultural do estado e na formulação de políticas públicas. “A gente tem buscado fazer uma construção em que estamos juntos e isso aqui é fruto dessa parceria”, reforçou. Cícero ainda destacou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo ministério e enfatizou que, ao superar desafios e diferenças, o foco deve ser o serviço à comunidade.

Regionais

O coordenador do Comitê de Cultura no Norte do Estado, George Henrique Silva, apontou sobre a eficácia do plano e sobre a necessidade da descentralização com base nas realidades diversas do Brasil. “Precisamos garantir que o PNC contemple não apenas as grandes capitais, mas também os pequenos municípios e regiões periféricas. Achei o encontro muito importante para unir as ideias e propostas dos mais diversos fazedores de cultura no nosso Estado”, descreveu.

A presidente da Associação AGA, de Gurupi, Maria do Socorro, afirmou que a apresentação oficial do Comitê foi importante para garantir ainda mais visibilidade para as ações em todo o Estado. “O Tocantins só tem a ganhar com o Comitê no Tocantins, principalmente por ele oportunizar a descentralização das atividades e fortalecimento da cultura local”, afirmou.

Também de Gurupi, o poeta e jornalista Zacarias Martins afirmou que as oficinas territoriais permitiram aos fazedores de cultura aprofundar, com a sociedade civil, debates iniciados na 4ª Conferência Nacional de Cultura e materializar as prioridades para a política cultural para os próximos dez anos. “Estamos diante de um  momento especial, que envolve um processo de escuta e de trabalho, de colaboração na construção desse importante conteúdo que vai nortear as ações do Sistema Nacional de Cultura nessa próxima década”, ressaltou Martins.

Oficina

Além da apresentação oficial do Comitê, o evento teve como objetivo orientar as políticas culturais do Brasil para os próximos dez anos, a partir de escutas com a sociedade civil para a discussão do texto-base do novo Plano Nacional de Cultura (PNC).

Plano Nacional

O novo PNC será organizado em torno de princípios, diretrizes, objetivos e metas, com base nos oito eixos temáticos definidos pelo MinC. Oficina O evento foi uma das etapas do processo participativo coordenado pelo Ministério da Cultura (MinC), que ocorre em todo o país para revisar e redesenhar as políticas culturais dos próximos 10 anos, e aconteceu no estado com apoio do Governo do Tocantins, através da Secretaria da Cultura (Secult).

Sobre o Comitê

O Comitê de Cultura no Tocantins é integrante do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC) por meio da Secretaria dos Comitês de Cultura – Ministério da Cultura (Minc), e já desenvolve ações há mais de dois meses e atua em todo o Estado, buscando descentralizar as ações culturais e estimular a produção artística em todas as regiões. Ele é coordenado pela Federação Tocantinense de Artes Cênicas do Tocantins (Fetac), presidida por Kaká Nogueira, ator, produtor e coordenador geral do Comitê.  O Comitê conta com a colaboração em rede da Associação Gurupiense de Artesãos (AGA) e do Instituto Social e Cultural Araguaia (Isca). O Comitê do Tocantins ficou em 1° lugar no Brasil na seleção realizada em 2023 pelo MinC e terá ações coordenadas pela Fetac por 24 meses.

Cinthia Abreu